sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Saavedra Fajardo


Em português:

"Não devem rejeitar os portugueses que se junte aquela Corona com a de Castela, pois dela saiu como Condado e volta a ela como Reino; e não a incorporar-se e misturar-se com ela, mas a florescer a seu lado, sem que se possa dizer que tem rei estrangeiro, mas próprio, pois não por conquista, mas por sucessão...Possuía o Reino e o governava com suas mesmas leis, estilos e linguagens, não como castelhanos, mas como portugueses. E mesmo que tinha sua residência em Madri, resplandecia vossa majestade em Lisboa. Não se viam nos escudos e selos de Portugal nem nas suas frotas e armadas o Leão e o Castelo, mas as Quinas...No se davam seus prêmios nem dignidades a estrangeiros, mas somente aos naturais, e estes gozavam também dos de Castela e toda a Monarquia, favorecidos com a grandeza, com as você encomenda e postos maiores delas, estando nas suas mãos as armas de mar e terra e o governo das províncias mais principais. O comércio era, como em todas partes, comum; também a Religião e o nome geral de espanhóis...."

En castellano:

"No deben desdeñarse los portugueses de que se junte aquella Corona con la de Castilla, pues de ella salió como Condado y vuelve a ella como Reino; y no a incorporarse y mezclarse con ella, sino a florecer a su lado, sin que se pueda decir que tiene rey extranjero, sino propio, pues no por conquista, sino por sucesión...Poseía el Reino y lo gobernaba con sus mismas leyes, estilos y lenguajes, no como castellanos, sino como portugueses. Y aunque tenía su residencia en Madrid, resplandecía su majestad en Lisboa. No se veían en los escudos y sellos de Portugal ni en sus flotas y armadas el León y el Castillo, sino las Quinas...No se daban sus premios ni dignidades a extranjeros, sino solamente a los naturales, y éstos gozaban también de los de Castilla y toda la Monarquía, favorecidos con la grandeza, con las encomiendas y puestos mayores de ellas, estando en sus manos las armas de mar y tierra y el gobierno de las provincias más principales. El comercio era, como en todas partes, común; también la Religión y el nombre general de españoles...."

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